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☼ TESTEMUNHO/OPINIÃO ☼

enviado por Luís Veiga 
Póvoa de Santo Adrião

Carniceiro, é o cognome que aqui se dá ao ministro da doença. 
Ele é isso, de facto, é um carniceiro. 
Obs.: Não é este Macedo que foi administrador da MEDIS? 
Infeliz é que o Paulo Macedo seja Ministro
Posted on Outubro 9, 2013 por Lúcia Gomes.

Nem outra coisa se podia esperar do antigo Director-Geral das Finanças, que chega à Saúde e faz contas de merceeiro. Corta onde acha que é desperdício e que se lixem os doentes. 
O ministro da Saúde Paulo Macedo diz que tem havido “más interpretações” da legislação que prevê a isenção de taxas moderadoras aos doentes oncológicos e admite que há “casos infelizes” de doentes com cancro a quem é pedido que paguem. 
O problema, Sr. Ministro, não é a «má interpretação» nem os casos «infelizes». O problema é que há circulares e orientações para que essas taxas sejam cobradas. Aquilo que se chama, atirar o barro à parede, e na maior parte dos casos, cola.
Com muita ajuda da comunicação social, a alteração da lei das taxas moderadoras criou muita confusão nos utentes e sim, nos serviços. Mas o que gerou mais foi indignação. Porque não é engano dos serviços quando enviam uma conta a um doente crónico (com, por exemplo, doença de Crohn, colite ulcerosa, diabetes) – é a lei. 
Não é engano dos serviços quando os exames ultrapassam os três por ano ou as consultas na especialidade para a dita doença crónica – é a lei. 
Não é engano quando um agregado familiar vive com 612 euros por mês e paga taxas moderadoras de 7,75 euros se um deles for ao hospital a uma consulta pela qual esperou seis meses – é a lei. 
E quando alguém que tem cancro, e está sozinho, ou mesmo com a família, certamente procurar na lei o que está certo ou errado não será a maior preocupação. Essa será a de sobreviver, a de conseguir os tratamentos e pagar os medicamentos. 
E infelizmente é um carniceiro que está à frente do Ministério da Saúde que, sabendo demasiado bem as consequências da sua lei, afirma que são «casos infelizes». 
Quando eu recebi uma carta do hospital com os tratamentos do meu pai para pagar, fui informada de que eram ordens da ACSS – não era uma infelicidade. Por acaso, sei de leis e não paguei. Mas não por causa da doença crónica – do cancro. Mas porque se provou a insuficiência económica. Sabe porquê? Porque nem com cancro no estágio IV a Segurança Social atribuiu a pensão de invalidez por considerar que não haveria incapacidade atribuível. Não é por uma infelicidade, por uma má interpretação, por um acaso. É porque o senhor Ministro da Saúde e os restantes companheiros do Governo fazem leis e políticas que, objectiva e concretamente – MATAM. -- António Carrinho * * * “Quando os governos temem as pessoas, há liberdade. Quando as pessoas temem os governos há tirania” -